Oi Pessoá! Oia eu aqui de novo cum ôceis pra falá do meu afiadinho, meu mininin Lulinha. Meu Zamô.
Eu se afastei dos brog e da pulítica despois daquela safadeza qui fizero cum ele. Apoi num é que inventaro um bucado de baxaria e acusaro ele e a minha minininha , a Dilminha, de um mói de coisa ruim. Os bichin sofrêro foi munto. E eu mais Cumade Lindú sofremo que só. mêrmo sabendo da inucença deles.
Mai cuma quem disso usa disso cuida, Nosso Sinhô tumou de conta e vêi a hora de amostrá quem era os safado da históra. Foi juiz disimpregado, pulítico preso, impresáro metido cum propina e pur aí abaxo.
Mai cuma tava dizeno, eu resorvi vortá. Infruença do Dr. Giovani e da irmã dele que quere que eu vorte pra usá minha lingua afiada que papa quente num queima, pra campanha de trazê Lulinha de vorta pra esse povo ingrato, mai sofredô, que num aprende que só sabe o que é fome quem já passou.
Oi que eu já vi munta coisa triste nus tempo da sêca e da fome, já tinha inté isquicido cuma era, mai agora fico inchedo meus zóio de água de vê tanto dizimprêgo,tanta mizéra e gente catando osso num carro de lixo, quando num tem pé de galinha pra cumê. Ô povo ruim! Dava dó de vê os bichin da fuloresta morreno queimado lá pas banda da s Mazônia. Ô tristeza!
Quem diria que hôve um tempo que nóis pobre andava de avião, cumia fora de casa e inté comprava uns carrin bom. Inté geladêra nóis tinha. E num era aquela que os patrão num quiria mais pur causa dos ferruge. Hoje nem tem o que butá na geladêra que tá derligada pur causa da inergia que tá os zóio da cara. Isso sem falá no gai de cunzinhá que tão quaje pidindo um rim da gente in troca do bujão.
Essa é a herança de quem tem um prefessô mai iscolhe um anarfabeto de alma e coração. O caba num tem pena de ninguém!
Pa piorá inda vêi essa tár de pãodemia. Uns bichin que nóis num vê mai que mata munta gente. É de punhado! E além da fome, as pêrda dos zamô da vida da gente. Mai da metade de um mião de gente. Eu chorei munto! Vi fio sem pai, pai sem fio, neto sem vó, mulé sem marido e munta gente nova morrê.
E tudo purquê num compraro as vacina pra vendê uns remédio de nome esquisito cum cara de quinino que num serve nem pra matá môsca, quanto mai viro - os bichim. que mata. Só sendo um jumento burro pra num comprá vacina. Lulinha qundo teve a gripe das galinha, vacinô o povo todo in trêi mês. Eita bichim sabido esse minino! Sempre foi. Derna de minino la no sítio que nóis morava.
Mai agora tá bom. Só tô avisano que vortei pra ajudá o povo a trazê Lulinha de vorta. E ele quando chegá arruma logo a casa. Tri de vorta o pré sal, sim; purquê quem compra sem pudê perde sem querê; e aqueles gringo do zói azu grande nas coisa do zôto vai ficá chupando dedo e nói vai comprá gai de cunzinhá pur preço de gai e não de ôro .
Eu quero Lulinha de vorta! Eu quero meu Brasil de vorta! E tu? vai vendê teu voto de novo?