sábado, 30 de outubro de 2010

Quirida Cumade Lindu:




É munto triste vê inté os amigo mandando zémeio disrespeitoso e tratano a gente cuma inimigo. Cuma tu já deve de tá sabeno hoje é sabo e vespa de inleição qui vai sê amenhã, dumingo. Eu já chamei Cumade Zabé, Cumade Tonha, Cumade Lurdinha e Cumade Zéfa Gino pra nois ir pro nosso Cumitê acertá as coisa pra amenhã. Derna de onte qui eu tô recebeno zémêio de varios canto do país quereno dizê cuma vortá no Vampiro. Eu inté se ri Cumade! Cuma é qui êsse povo num arrespeita a vontade da gente e ainda tenta cunvencê qui a idéia deles é mió qui a nossa. Oh! farta de respeito! Mai nóis intende né Cumade? Derna do tempo da tar Ditadura (qui eu já falei qui num ixiste dita mole) qui eles tão acustumado a desrespeitá as vuntade do povo e fazê nóis inguli o qui eles quiria. Os tar dos currá eleitorá. Nois intende qui eles num tão acustumado a vê o povo tê vontade. Era qui nem minino antigamnete: Num tem gosto tem agunia.

Cuma se nois num tivesse juízo no lugá e percisasse qui arguem dissesse o qui nois tinha de fazê. Munta água correu pur debaixo dessa ponte e munta baxaria acunteceu. Foi triste tudo iso qui chamaro de "processo eleitoral". Valeu de tudo.

Num tivero a menor consideração com nada. Atacaro uma mulé, sua familia e suas idéias sem dó. Mai vamo falá de coisa boa! Cumade, nois já tá cum uma pontinha de sordade do nosso mininin o Lulinha. O maió presidente desse país! Nois já tava costumado in sabê qui ele tava lá e qui se nóis precisasse ele chegava, principarmente pra protegê o nordeste. E êle vinha mêrmo!

Agora nois tá se preparano pra ficá sem êle. mais nóis sabe qui ele vai dexá a casa arrumada e vai dexá gente boa pra cuidá da casa.

Nóis vai amanhecê o dia premêro de novembro cum a primêra mulé presidenta desse país. Isso devia de sê mutivo de orguio pra tôdas nois qui veste saia. Ainda me alembro do tempo qui nóis nem votava, nem era gente. Despois nóis aprendeu votá mais tinha qui obedecê o marido qui munta vez obidicia ao coroné ou ao usinêro qui tumava os titulo e só devorvia na hora de votá. Eu sô do tempo in qui mulé obidicia a três home: O pai, o marido e o pade. Cuma nóis cresceu cumade!

Por isso hôje nois tá te iscreveno pra tu dizê pra todo mundo amenhã ir votá na nossa minina dotôra. Todas as mulé do Brasil divia amenhã votá numa mulé. A Dotôra Dilminha, nossa minina. É hora de respeitá nossa históra. Feminista num é queimá surtiã e batê nos home. É cunhecê e respeitá nossa luta. É lutá pela democracia. Tá ná hora Cumade! A hora chegô. E nois vai lembrá de uma musga qui aquele minino dos zóio bunito fêz na época da ditadura:

"Apesar de você amanhã há de ser outro dia..." Vai ser sim. Sei qui o pôvo de lá num vai lê meu biête pra tu, mais eu vou dizê a eles uma coisa:

Vocês aprendêro qui a verdade e a esperança nunca morrem?!! Numa adianta tentá matar o que não morre. Tudo o qui vocês fizero num valeu de nada. O povo sempre vence e a verdade tumbém!

Nois já vai ino Cumade. Tem munta coisa pra fazê no CMV (Cumitê das mulé de veigonha), tem jumento pra butá desivo, carro de boi pra infeitá de bandêra e os fiscal da inleição pra organizá. Imbora cada um de nóis tenha qui sê fiscal, pois vão tentá inté a úrtima hora mudá as coisa.

Dá um bêjo ni Lulinha e na galêga. Uma abraço na minha prisidenta e pra tu Cumade uma abraço ispecial purque tu butô nu mundo o maió home qui esse país já viu presidente. Bêjo Cumadi.

PS: Despois te mando um retrato de Jurubeba meu burrin todo desivado tá?

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