quarta-feira, 7 de abril de 2010

FILIZ PÁSCUA!

Filiz Pascoa! Cumade Du:
Eu to aqui se rindo de filicidade e aresorvi iscrevê pra tu para mode tu tumbém ficá filiz. Eu fui pa missa hoje e foi a missa da resurreção de Jesus. Acho que num foi só ele qui ressucitô a vivê de novo, mai nosso Brasil tumbém.
Tu deve de tá pensano: Oxênte! Cumade Fulô deve de tá misturano as coisa no juízo! O que será que ela deve de tá maginano? Vou ispricá. Vô te falá de Incunumia. Não, Cumade! Num é de guardá dinhêro no bule nem no cochão de capim qui nóis dorme, não. É uma ciença, uma sabiduria qui se istuda na farcudade.
Cuma eu dixe, fui pra missa e quando cheguei fui tumá meu café. Me assentei na frente da televisão cum a xica na mão e um taquin de tapioca. Cumade, cumeçô um pograma chamado Conta Corrente ( que eu num sei pruquê tem esse nome já qui num tinha nem númoro nem conta nem ninguém correnno) e que falava da nova crasse média. E tu sabe quem era essa tar de crasse média? Eles diz qui era a mistuura das crasses C e D. mai num era crasse da iscola de Sinhá Iaiá não.Era crasse sociá. Era gente que nem nós Cumade!
Foi antão que eu peguei meu taquin de lápi (aquele que eu boto preso nas orêia) e iscrevi tudin pra eu num si isquecê quando fô falá cas mulé lá no nosso Cumitê de canidatura da menina Dirminha. Mai dêxa eu te dizê!
Imbora eu nun goste dessa tar de Rêde Grobo e da Grobo Neves pelo fato delas ficá falano mar do meu afiado e teu fio o Lulinha, dessa vês eles tivero a corage de falá a verdade verdadêra. E sabe do que eles falaro? Das coisa que teu fio anda fazeno!! E pur incrive que pareça só coisa boa. Nem metêro o pau nem mintiro, nem inventaro.
Cumade, eu quase que se ingasgo cum meu taquim de tapioca! Não que num achasse que era assim. Eu qui sei cuma meu dinherin miorô. Inté caderneta de pôrpança eu tenho!
Mai dêxa eu te contá. Tô chei de númoro pra te dizê. Presta tenção.
Vô até imitá teu minino e dizê: “Nunca anti na históra desse país...”. Pois é: vamo lá.
O Brasil nos úrtimo cinco anos cresceu 14% e o nordeste cresceu 17%. Tu já viu isso antes Cumade? Eu aqui do arto da sabedoria dos meu 94 ano nunca vi!
Tu sabia que nos úrtimo cinco ano aumentô quaje 18% o uso de prefume e daquelas coisa que as muié usa pra se pintá e ficá bunita? E eu se alembro Cumade que nóis pintava a boca e as buchecha cum fôia de papé carbono incarnado pruqê num tinha dinhêro pra comprá esse negóço que eles chama de cosmeto. Cosmeto é baton, pó de passá na cara e aqueles creme qui as muié besunta na cara. Tem tumbém água de chêro e zodorante. Tá todo mundo comprano Avon e otras coisas! E nóis usava nos cabelo banha de côco e nos suvaco limão pra nun tê catinga. Aí tu deve de tá pensano: Fulô deve de tá doida! Que é que água de chêro e baton tem de vê cum meu fio Lulinha e o guvêrno dele? E u te arespondo; Tudo. Se as muié que são as maió incunumística dessa terra tão gastano mais cum isso é pruquê tem mais dinhêro. Afinar mulé sera nun gasta demai nem fica chei de dívida né Cumade? Mai dêxa eu cuntinuá.
Cumade, o cunsumo de eleto ( aquelas coisa que antes só mulé rica pudia comprá cuma geladêra, televisão, aquele negoço que cunzinha sem fogo que chama micruonda e tumbém máquina de lavá rôpa) aumentô de 53 mil pra 302 mil. E nos úrtimo cinco ano! Quando tu viu isso Cumade? Eu se alembro que quano chegô a geladêra da casa do Coroné João de Barro, nóis fez inté fila de dobrá as isquina pra entrá na casa dele pra vê a bichinha. E era linda Cumade! Inté paricia uma casinha alumiada cum os quartin pra guardá as coisa sem se istragá. E água geladinha! Paricia de quartinha, só qui mai fria.
Eu fui uma vêi no Ricife na casa da minha neta, aquela que trabaia in pessi... É qui nem aquelas bibida preta qui os americano gosta - pessicola; médica de juízo dos zôto. Eu nem criditêi quando vi ela butano as rôpa nun negoço branco e jogou uns pozin dento. Ela disse qui era máquina de lavá rôpa. Eu juro Cumade! Eu duvidei da bichinha. Pensei qui ela tava jogano as rôpa fora, na lata do lixo. Olhei pur dento da giringonça e nem tinha um rio pu perto, num tinha péda e quando terminô os baruio a rôpa saiu limpinha e cherosa. Foi qundo eu vi uma máquina de lavá. A gente nunca viu essas coisa! Pur isso que as mulé de hoje é tudo nova, bunita e prefumosa. Num tem que batê rôpa na péda na bêra do rio cum um só de lascá no cucuruto! Ô mulés sabidas essas de hoje!
Tem mai Cumade, tem mai. Só nesse 2010 60% da crasse C comprô casa Cumade! A Caxa Inconômica imprestô 2.87 bilhão pra os povo cumprá suas casinha Cumade.O sonho mais assonhado pelo pobe: a casa propa. Nunca ante na históra desse pais se fez tanto!
A venda de célulá e de cumputadô armentô de 4 milhão pra 12 milhão só nesses úrtimo 5 ano. Dessas venda toda 30% pur ano armentô e cresceu na Ternet. Ternet tu sabe né? É um tar de rêde que num é de drumi. Ela ajunta gente do mundo todo cunvessano e vendo coisa naquelas maquininha que chama de cumputadô. Parece coisa do Capêta,mais é de Deus viu Cumade? Inté falá os bichin fala cum nóis. Na hora que a gente tá veno o ôto, êle pode até tá la no ôco do mundo qui nóis fala e vê na mêrma hora, no mêrmo minuto. E nóis qui isperava trinta dia pra uma missiva chegá de Ricife pra Caeté! Era assim que nois sabia nutiça dos fio e dos marido qui ia trabaiá no Ricife. Se fosse pra Sumpaulo intão, diga qui danôsse! Nois fazia inté premessa pra pudê se vê de novo. Falá nos talufone intão...vixe! Inté pruquê ninguém tinha. Nem mêrmo os coroné mai rico que tinha casa na cidade.
Pu falá nim falá: inté eu cunsegui cumpra um celulá. É tão bunitin Cumade! O bichin se acende todo quando chama nóis pa dizê que quere falá cum a gente, e toca musga. E nóis fala cum os parente in Sumpaulo qui parece qui tá parede meia cum a casa da gente! Despoi eu mando o numo do celulá pra tu. Assim qui eu aprendê, Cumade.
Pois é Cumade, quem falô essas coisa toda foi um hômi chamado Marcelo Nery de uma tar de FêGêVê que diz qui é pesquisadô. Mai Cumade, ele dixe tanta coisa bunita do guvêrno do meu afiado que eu inté pensei qui ele era cabo elitorá do bichin e da Dirminha. Pense numa finêza de cabo inleitorá! Eita hômi sabido!
E qui mar lhe pregunte: Quem tava nos guvêrno nos úrtimo cinco ano? Nosso mininnin Cumade. Teu fio e meu afiado Lulinha. Pur isso qui tem aquêles qui tem inveja dele. Dos militá inté o doto prefessô. Passaro tantos ano guvernano e nun fizero nem mei quarto do qui ele fêz.
E oi Cumade qui eu inté gosto muito de prefessô e de militá.Militá eu gosto de São Joge, São Sivirino do Ramo e Santo Ispedito. Prefessô intão nem se fala. Se num fosse eles eu tava inté hoje narfabeta, inguinorante.
Vô terminano pur aqui Cumade que eu vô fazê as conta da pôrpança pois eu tô inté pensano in comprá um latintope pru nosso Cumitê e pra eu iscrevê pra tu, Cumade. Despoi te isprico o qué o bichin. Parece uma tapioquinha preta qui abre e fecha cheia de letrinha dento e nóis usa pra iscrevê e falá na Ternet. Dispois te isprico mió pois vô terminá de fazê o armôço. Um bêjo nin tu e a bença pro meu afiado. Dá um chêro na mulé dêle, a galega e se tu vê Dirminha diz pra ela qui nóis tá aqui nu pé da cunveça, arrumano o Cumitê pra ela sê prisidenta desse nosso torrão. Inté!
Cumade Fulôzinha – de mulé pra mulé
P.S. esse aí em cima é o retratin do Latintope. Lindin, não?

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